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Cuide das suas Emoções!

Estudos

Limites são atos de amor

 


Por muito tempo, eu acreditei que amar era ceder, compreender, aguentar mais um pouco. Que o tempo consertaria aquilo que me incomodava. Que a convivência ensinaria o outro a me respeitar.


Mas, na prática, o que aconteceu foi o oposto.


Me vi em relações onde minha voz foi diminuída. Onde piadinhas sobre minha aparência eram justificadas como “brincadeira”. Onde mentiras eram contadas “para o meu bem”. Onde terceiros me desrespeitavam na frente da pessoa que dizia me amar — e essa pessoa não fazia nada. E o pior: onde eu, por medo de perder, me calei. Me deixei de lado. Me traí.


Foi então que entendi: limites não afastam o amor. Limites selecionam o amor certo.


Hoje, vejo com clareza o quanto a ausência de limites cria um solo fértil para a insegurança, o ressentimento e a dor. Por isso, antes de me entregar a qualquer relação daqui pra frente, eu decidi fazer diferente: escrevi meu próprio contrato emocional.


Não é um manual para o outro. É um lembrete para mim. Um acordo sagrado comigo mesma.






O que eu não aceito mais:



  • Mentiras pequenas ou grandes. Se não posso confiar na palavra, não há como construir nada sólido.
  • Brincadeiras sobre meu corpo, minha personalidade ou meu jeito de ser. O que sou é digno de respeito — sempre.
  • Silêncio diante do meu constrangimento. Se alguém me ama, me defende até no olhar.
  • Negligência emocional. Não quero presença física apenas. Quero atenção, escuta e verdade.
  • Falsas neutralidades. Quando o outro se omite diante de injustiças comigo, ele está, na prática, do lado do agressor.



Esses são os meus limites. Eles não me fazem dura. Eles me fazem inteira.





Eu também errei — e isso me transformou



Não escrevo esse texto de um lugar de superioridade. Eu também já ultrapassei limites alheios. Já insisti onde não havia espaço. Já pedi colo a quem mal sabia se sustentar. Já fui intensa demais. Já fui carente, reativa, impulsiva. Já desrespeitei o tempo e o silêncio do outro. E isso também me ensinou.


Me ensinou que os limites que eu exijo do outro, preciso aplicar primeiro em mim.





Meu compromisso daqui pra frente



Antes de amar alguém, eu preciso ser fiel a mim mesma. Esse é o único amor que realmente sustenta os outros.


Então, se um novo relacionamento vier, ele encontrará uma mulher lúcida. Que sabe o que aceita e o que não mais tolera. Que se escuta. Que se escolhe.





🌿 Exercício: Escreva seu próprio contrato emocional



Se você leu até aqui e sentiu que algo ressoou dentro de você, eu te convido para um exercício simples — mas muito poderoso:


Pegue papel e caneta e responda com sinceridade:


  1. O que eu não aceito mais viver em um relacionamento?
  2. Que tipo de atitude me faz sentir valorizada, respeitada e segura?
  3. Em quais momentos me senti diminuída e fiquei calada?
  4. Em quais momentos eu ultrapassei os limites de alguém?
  5. O que é indispensável para que eu me sinta bem amada?



Depois, escreva uma frase de compromisso consigo mesma. Pode ser algo como:


“A partir de hoje, eu me coloco em primeiro lugar. Me escuto, me protejo e só permaneço onde posso florescer. Meu amor começa por mim.”


Guarde esse papel. Leia sempre que esquecer de si. Ele é o lembrete do seu novo padrão de amor.